Conde Razor Mortak – O Julgado Inquebrável

Antes de sua condenação eterna, Razor Mortak era um dos mais brilhantes generais da Ordem Solarus. Um guerreiro de honra inflexível, forjado no fogo da disciplina e movido pela crença cega na Luz. Entre seus pares, era chamado de “Escudo do Sol”, pois nenhuma linha era rompida sob seu comando, e nenhuma criatura das trevas ousava enfrentá-lo de frente.

Empunhando uma espada de duas mãos do tamanho de uma estaca de carvalho e uma clava sagrada revestida com prata, Razor liderou o avanço contra os domínios do Rei Imortal, tornando-se símbolo de esperança entre os soldados da Luminância.

Mas seu destino foi selado durante o Cerco de Dunley, quando o exército Solarus finalmente chegou às portas do trono de Drácula. Dizem que Razor foi capturado após um combate lendário, tendo matado sete lordes vampíricos antes de tombar, exausto e ferido. Em vez de matá-lo, Drácula decidiu algo pior: o amaldiçoou com o próprio dom que ele jurava exterminar.

Transformado em vampiro contra sua vontade, Razor sentiu o peso do paradoxo esmagá-lo. A fé que lhe dava força agora o rejeitava; seus irmãos de armas o declararam traidor, e a própria luz que ele venerava passou a queimá-lo. A punição foi mais cruel do que qualquer execução: viver como o que mais odiava, eternamente.

E então, ele desapareceu.

Dizem que ele escolheu as Montanhas Sagradas como seu refúgio, um local outrora sagrado para a fé Solarus. Ali, entre as ruínas geladas e os templos quebrados, Conde Razor Mortak ergueu sua própria penitência.

Hoje, poucos se atrevem a procurar sua presença. Aqueles que o fazem, buscando sabedoria em combate, o encontram como um titã de carne e ferro, um mestre de defesa e resistência, capaz de suportar tempestades de aço e devolver a dor multiplicada.

Sua voz ecoa como pedra rachando gelo:

“Não sou luz, nem trevas. Sou o fardo. E você… está pronto para carregá-lo?”